Crónica de um investimento: o meu primeiro mês numa plataforma de crowdfunding

Crónica de um investimento: o meu primeiro mês numa plataforma de crowdfunding

Há alguns meses, encontrei-me numa situação bastante comum: tinha algumas poupanças no banco, que não geravam quase nada, e a inflação continuava a corroer o seu valor real. Já tinha ouvido falar do crowdfunding como forma de investimento, mas sempre me pareceu um pouco distante, talvez para perfis mais experientes do que eu. Até que decidi investigar.

Esta é a história do meu primeiro mês como pequeno investidor numa plataforma de crowdfunding imobiliário, com tudo o que vivi, aprendi e observei. Se estás a pensar em dar o salto, talvez te ajude a ter uma visão mais clara, sem promessas vazias ou dramas.


Dia 1: A decisão

Como muitos, comecei com o Google. Queria algo seguro, com condições claras e que não exigisse uma fortuna para começar. Deparei-me com vários artigos e listas que falavam de diferentes plataformas de crowdfunding em Espanha, cada uma com o seu próprio foco: algumas mais focadas em empréstimos para empresas, outras em energias renováveis, outras em imóveis residenciais.

A ideia de investir em projectos residenciais atraiu-me porque me parecia mais tangível. Além disso, o sector imobiliário sempre me pareceu mais estável do que outros, e os rendimentos prometidos – 7-10% por ano, dependendo do projeto – pareciam razoáveis sem serem exagerados.


Dia 3: Registo e primeiro investimento

Depois de comparar várias opções, escolhi a wecity, devido ao seu design claro, à forma como explicava cada projeto e porque estava autorizada pela CNMV. O registo foi simples: validação da identidade, conta bancária e, em poucos minutos, estava lá.

Explorei vários projectos em curso, li a documentação e finalmente decidi investir 1000 euros num empréstimo intercalar para financiar um empreendimento em Madrid, com uma duração estimada de 12 meses. O que me deu confiança foi:

  • Informações pormenorizadas do promotor
  • Plano de negócios e viabilidade económica
  • Relatório de avaliação e garantias hipotecárias

Também gostei do facto de o contrato estar disponível antes de investir, o que me permitiu saber exatamente o que estava a assinar.


Semana 2: Espera ativa

Uma vez investido, comecei a fazer o que todos os investidores principiantes fazem: olhar para o painel de utilizador todos os dias à espera de actualizações. Depressa percebi que não se trata de um investimento de acompanhamento diário, mas sim de confiança e planeamento.

Recebi, no entanto, e-mails semanais com notícias sobre o progresso do projeto, o que me ajudou a manter-me calma e bem informada. Havia fotografias do progresso dos trabalhos, comentários sobre a comercialização das casas e lembretes do calendário previsto.


Semana 3: Falar com outros investidores

Nos fóruns e grupos das redes sociais, descobri que não era o único novato. O que foi interessante foi ver que muitos utilizadores tinham uma estratégia de diversificação: em vez de colocarem tudo num só projeto, investiam pequenas quantias em vários, para distribuir o risco. É algo que já tenho em mente para o meu próximo investimento.

Também fiquei a perceber melhor como funciona a rentabilidade esperada: não é mágica nem imediata, e tens de ter em conta que cada projeto tem o seu próprio calendário. Fiquei satisfeito por saber que o wecity também tem projectos com diferentes estruturas: empréstimos garantidos por hipotecas, financiamento de acções e até mesmo empreendimentos completos.


Semana 4: Reflexões sobre o primeiro mês

Após 30 dias como investidor em crowdfunding imobiliário, estas são as minhas primeiras conclusões:

  • Não precisas de ser um especialista: as plataformas actuais, como a wecity, foram concebidas para que qualquer pessoa possa compreender em que é que está a investir.
  • A transparência é fundamental: eu sabia sempre o que estava a fazer com o meu dinheiro, sem letras pequenas.
  • A paciência faz parte do jogo: não se trata de um investimento para o day trading e para o retorno no dia seguinte.
  • O acesso é real: investi 1.000 euros, mas vi que havia pessoas que começavam com 300 ou 500 euros. É mais democrático do que eu pensava.
  • Aprendi muito mais do que apenas “investir dinheiro”: agora compreendo melhor conceitos como “garantia de primeiro grau”, “período de aquisição de direitos” ou “diligência devida”.

Próximos passos

A minha intenção agora é diversificar: tentar outro projeto noutra cidade, talvez com um calendário ou uma estrutura diferentes. Também estou a explorar mais recursos e artigos no sítio Web da wecity para compreender melhor as oportunidades e os riscos.

Ainda não posso falar de rentabilidade, porque o meu investimento ainda está em curso. Mas posso dizer que me sinto mais calmo e com mais poder enquanto investidor.


Conclusão

Investir em plataformas de crowdfunding em Espanha pode parecer intimidante no início, mas com a informação certa e uma abordagem prudente, torna-se uma experiência acessível, educativa e potencialmente lucrativa.

O meu conselho? Começa com uma quantia que não te importes de comprometer, informa-te bem sobre cada projeto e não procures resultados imediatos. O investimento é um processo, não um golpe de sorte. E como em qualquer boa história, o importante é começar pelo primeiro passo.

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